terça-feira, agosto 16

Portal 2

Poucos jogos contam com tantos atrativos quanto Portal 2. Neste jogo de puzzle em primeira pessoa o jogador utiliza uma arma (Aperture Science Handheld Portal Device) capaz de criar portais em algumas superfícies para resolver os desafios propostos por uma inteligência artificial maníaca por testes chamada GLaDOS. Vou fazer uma lista para facilitar a vida:

- Enredo e continuidade impecável: mesmo consistindo de um jogo de puzzle, ele apresenta uma história que aos poucos envolve e atrai a atenção para cada detalhe, como os "dialogos" entre o personagem e as inteligências artificiais do jogo que sempre surpreendem, divertem ou aterrorizam. É muito difícil falar dessa parte sem dar spoilers, mas portal tem uma combinação certa de humor e um clima progressivamente mais sombrio.

- Engine: um dos grandes pontos de portal é a mecânica de alguns elementos dinâmicos do jogo, como por exemplo, os geradores de campo (o mod blue portals para o primeiro portal apresentava este tipo de elemento, porém bem rudimentar) que podem repelir ou atrair objetos além do personagem, ou estranhos líquidos testados pela corporação Aparture capazes de tornar superfícies repulsivas como uma cama elástica ou um gel que acelera o personagem.

- Cenário: Com referência a testes científicos do passado, este é um de seus pontos fortes. Ao longo do jogo o personagem passa por capítulos que não são apenas um conjunto de testes (ou estágios/fazes), mas uma briga de gato e rato contra a inteligência artificial que domina o centro de testes. Aos poucos aparecem elementos como a opinião de GLaDOS sobre o que é ciência e os testes (que por sua vez tem uma curva de personagem, ao invés de ser um antagonista estático) ou outras experiências e gravações feitas pela comparação Aperture em outras épocas que mostram um pouco mais do perfil dos testes realizados no passado. Um detalhe é que durante o jogo as inteligências artificiais aprendem com seus erros do passado, inclusive o Wheatley que é considerado durante o jogo uma inteligência artificial burra.

- Jogabilidade e nível de desafio: impecável, os Puzzles são contruidos de forma que o jogador explore cada elemento novo do jogo e desenvolva novas soluções para os problemas do jogo, que sempre estão diretamente relacionados com o clima de cada capitulo do jogo. Não é um jogo dificil de forma alguma, embora seja normal ficar trancado algum tempo em algumas partes mais complicadas, conta com alguns desafios mais complexos que requeram alguma concentração e reflexo.

-Campanha Cooperativa: Consiste em uma tentativa de GLaDOS para substituir humanos em testes, os personagens são dois robos que conforme são testados se parecem mais com humanos (e isso a irrita muito), são constantemente destruídos e reconstruídos por motivos variados e eventualmente usados como robôs para tarefas onde GLaDOS não pode interferir, e eventualmente salvam a CIÊNCIA (na visão de GLaDOS). É uma campanha bem diferente e os jogadores precisam agir em conjunto com os 4 portais (afinal são duas armas de portal) e ações sincronizadas para resolver os níveis.

Jogo fantástico, altamente recomendado para qualquer tipo de jogador. O melhor jogo de todos tempos (depois de Diablo 2).

Um comentário:

Jacques disse...

E aí Schuch, como vai cara?
Eu não sabia que tu tinha um blog.
O meu é http://relativaseriedade.blogspot.com/
onde estou deixando meus textos menos sérios.
Já ouvi falar muito de Portal, mas nunca joguei, vi um vídeo no Facbook muito bom feito por fãs, em que uma mulher foge da prisão usando a arma.
Até mais.

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